Google e Universal Music – Uma Parceria Voltada para a Inteligência Artificial na Música
Introdução
Google e Universal Music estão no centro das atenções ao discutir um acordo para licenciar vozes de artistas em músicas produzidas por Inteligência Artificial (IA). Este movimento representa um esforço para monetizar a crescente tendência de ‘deepfakes’ musicais.
A Ascenção dos ‘Deepfakes’ Musicais
Em uma era onde a tecnologia de IA está avançando rapidamente, novos desenvolvimentos, como os ‘deepfakes’ musicais, estão surgindo. Uma IA generativa tem a capacidade de replicar a voz de um indivíduo e sincronizá-la com qualquer música, criando a ilusão de que o indivíduo cantou a música.
> ‘Nos últimos meses, a IA generativa impressionou ao se mostrar capaz de imitar a voz de pessoas e encaixá-las em qualquer música sem seus consentimentos, como se ela mesma tivesse gravado um cover.’
Essas imitações de áudio, conhecidas como ‘deepfakes’, apresentam desafios significativos para a indústria da música, particularmente no que diz respeito aos direitos autorais.
Problemas de Direitos Autorais
A indústria musical tem se debatido com questões de direitos autorais desde a popularização do YouTube, onde qualquer usuário pode usar qualquer música como trilha sonora de um vídeo, sem a necessidade de pagar pelos direitos autorais.
A proliferação de ‘deepfakes’ musicais apenas intensificou esses problemas. A reprodução não autorizada de vozes de artistas por IA levanta questões complexas sobre quem possui os direitos autorais dessas criações.
A Parceria
Diante desses desafios, Google e Universal Music estão negociando uma parceria com o objetivo de criar uma plataforma onde os usuários teriam que pagar direitos autorais para produzir faixas com a voz de seus artistas preferidos.
Potencial da Parceria
Se bem-sucedida, essa parceria poderia abrir novos caminhos para a indústria da música. É possível que outras grandes gravadoras, como a Warner Music, também estejam considerando acordos similares.
O Papel dos Artistas
Nesta parceria proposta, os artistas teriam a opção de permitir o uso de suas vozes na ferramenta. A cantora Grimes, por exemplo, ofereceu sua voz para utilização em músicas geradas por IA, dividindo os royalties da música.
O Desafio do Plágio
Enquanto a IA oferece oportunidades inovadoras, também apresenta desafios únicos. O Google enfrentou recentemente críticas quando o seu software MusicLM, que cria música a partir de comandos de texto enviados pelo usuário, foi acusado de plágio.
Conclusão
A parceria entre Google e Universal Music representa uma tentativa de enfrentar os desafios apresentados pela tecnologia de IA na música. Se bem-sucedida, essa parceria poderá estabelecer um precedente para como a indústria da música lida com ‘deepfakes’ musicais e direitos autorais no futuro.
Este artigo foi escrito sob a supervisão do editor Bruno Romani
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