CONAR decide arquivar caso contra anúncio que recriou Elis Regina com Inteligência Artificial
Introdução
Em comemoração aos 70 anos da Volkswagen no Brasil, foi produzido um vídeo que simulou um dueto entre Elis Regina, cantora falecida há 41 anos, e sua filha, Maria Rita. O anúncio utilizou uma técnica conhecida como ‘deepfake’, que permite criar montagens realistas com rostos de pessoas. Este caso gerou polêmica e foi levado ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) que, após avaliação, decidiu arquivar o caso.
Controvérsia em Torno do Uso da Imagem de Elis Regina
A decisão do Conar foi impulsionada por opiniões divergentes de consumidores acerca de dois pontos principais:
1. Se foi respeitoso e ético o uso da imagem de Elis Regina, recriada por meio de inteligência artificial generativa híbrida no anúncio de vídeo.
2. Se era necessária uma informação explícita sobre o uso dessa ferramenta na composição do anúncio.
> “O colegiado considerou, por unanimidade, improcedente o questionamento de desrespeito à figura da artista, uma vez que o uso da sua imagem foi feito mediante consentimento dos herdeiros e observando que Elis aparece fazendo algo que fazia em vida’, disse o órgão em nota oficial.
Uso da Ferramenta ‘Deepfake’
Em relação à necessidade de informar sobre o uso da ferramenta ‘deepfake’, o Conar levou em consideração diversas recomendações de boas práticas existentes sobre o tema e a ausência de uma regulamentação específica em vigor.
‘A transparência é princípio ético fundamental e, no caso específico, foi respeitada, reputando que o uso da ferramenta estava evidente na peça publicitária’, acrescentou o órgão em nota.
A Campanha
– O vídeo começa com Maria Rita dirigindo um ID.Buzz – versão moderna e 100% elétrica da Kombi – enquanto canta o clássico de Belchior ‘Como nossos pais’.
– A peça prossegue com imagens de carros da empresa que marcaram gerações, como Fusca e Brasília.
– Surge então uma Kombi antiga, dirigida por Elis Regina, que estaciona ao lado do carro de Maria Rita para compor o dueto.
A Técnica ‘Deepfake’
A técnica ‘deepfake’, utilizada na campanha, permite criar adulterações realistas com o rosto de pessoas. Para que Elis aparecesse em um vídeo lançado em 2023, uma atriz dublê foi usada para se passar pela cantora dirigindo o veículo. O rosto da cantora foi adicionado posteriormente, por meio de uma tecnologia de reconhecimento facial.
Posicionamento da Volkswagen
A Volkswagen do Brasil expressou satisfação com a decisão do Conar de arquivar a representação ética relacionada à campanha ‘VWBrasil70: O novo veio de novo’.
> ‘Essa propaganda inovadora, que celebrou os 70 anos da empresa no Brasil, simboliza a evolução contínua da marca, refletindo seu portfólio renovado e a introdução de veículos elétricos no País’, afirmou a empresa.
A Volkswagen se orgulha de ser uma marca presente na vida dos brasileiros, com mais de 25 milhões de veículos produzidos no país, e reforça seu compromisso de ser uma empresa cada vez mais humana e próxima das pessoas.
Conclusão
A decisão do Conar de arquivar o caso contra o anúncio que recriou Elis Regina com inteligência artificial demonstra a complexidade das questões éticas envolvidas no uso de tecnologias como o ‘deepfake’. Ao mesmo tempo, ressalta a necessidade de transparência no uso dessas ferramentas, além da importância da autorização dos herdeiros para o uso da imagem de personalidades falecidas.
Referências
Link para o vídeo(https://www.youtube.com/watch?v=dQw4w9WgXcQ)
Link para o site oficial da Volkswagen(https://www.vw.com.br/pt.html)
Link para o site oficial do Conar(https://www.conar.org.br/)
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