A Revolução da Inteligência Artificial na Indústria Cinematográfica

1. Introdução

Em tempos de avanços tecnológicos cada vez mais acelerados, a indústria cinematográfica vive uma revolução impulsionada pela inteligência artificial. No entanto, essa nova realidade traz consigo desafios e questões éticas, legais e trabalhistas que têm causado polêmica.

2. A Ressurreição de Ícones do Cinema

A inteligência artificial tem permitido o retorno de grandes nomes do cinema às telas, mesmo após o seu falecimento. É o caso de Christopher Reeve(https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1210200407.htm), conhecido por interpretar o Super-Homem, que apareceu no filme ‘[The Flash](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/06/the-flash-e-rapido-o-suficiente-para-disfarcar-o-desastre-que-vende.shtml)’ quase duas décadas após sua morte.

3. O Poder da Inteligência Artificial

A inteligência artificial tem o potencial de baratear, otimizar e ampliar a recriação de atores, vivos ou mortos, nas telas. Isso poderia gerar performances que nunca aconteceram na realidade. No entanto, essa tecnologia ainda enfrenta desafios. A participação do clone digital de Christopher Reeve no filme ‘The Flash’ durou apenas alguns segundos e foi considerada inexpressiva e perceptivelmente falsa.

4. A Questão Ética e Legal

O uso da inteligência artificial na recriação de atores tem levantado questões éticas e legais complexas. Elas foram tão intrincadas que conseguiram adiar a cerimônia do Emmy e congelar a produção de filmes e séries em Hollywood desde o dia 13 de julho, quando o sindicato de atores dos EUA entrou em greve.

5. A Greve dos Atores

A greve dos atores dos EUA é uma resposta à crescente adoção da inteligência artificial na indústria cinematográfica. Os atores e seu sindicato alegam que a tecnologia permite a exploração da imagem de mortos e que os estúdios estão estudando maneiras de escanear uma única performance, pagar por ela e usar os registros para criar digitalmente novas atuações, que seriam usadas em vários outros filmes, sem novas contratações.

6. A Visão dos Estúdios

Por outro lado, os estúdios argumentam que a inteligência artificial é uma revolução tecnológica inevitável que pode fechar postos de trabalho, mas também abrirá muitos outros. Eles alegam que estrelas como Nicole Kidman, por exemplo, poderiam lucrar com anúncios publicitários sem precisar sair de casa ou encontrar espaço em sua agenda de filmagens – bastaria disponibilizar sua aparência para que as máquinas a colocassem em comerciais.

7. A Tecnologia a Serviço da Arte

A inteligência artificial tem sido usada para rejuvenescer atores, como foi o caso de Harrison Ford em ‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino’. Aos 81 anos, o ator apareceu em cena como se estivesse na casa dos 30, graças ao machine learning, uma ferramenta da inteligência artificial que analisa milhares de imagens antigas do ator e aprende a recriar sua aparência.

8. A Greve e os Grandes Nomes

A greve dos atores não afeta diretamente grandes nomes como Nicole Kidman, Harrison Ford e Robert De Niro. Seus salários milionários não devem ser afetados pela paralisação e eles têm poder de barganha suficiente para incluir em seus contratos cláusulas que os protegem do uso indiscriminado de sua imagem.

9. A Situação no Brasil

No Brasil, a discussão sobre a inteligência artificial na indústria cinematográfica também chegou, principalmente através das plataformas de streaming. Muitas das cláusulas assinadas por dubladores de animações no Brasil são as mesmas assinadas nos Estados Unidos. No entanto, uma greve no Brasil ainda é uma ideia extremamente remota.

10. Conclusão

A inteligência artificial está revolucionando a indústria cinematográfica, mas também traz consigo desafios e questões que precisam ser enfrentados. A greve dos atores nos EUA é um claro indicativo de que as relações de trabalho precisam ser reestruturadas para se adequar a essa nova realidade. A indústria cinematográfica precisa encontrar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e o respeito aos direitos dos atores.

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