A Inteligência Artificial pode identificar senhas através do som das teclas?
Foto: Forbes
Introdução
A revolução digital trouxe consigo muitas conveniências, mas também novos desafios. Um desses desafios é a segurança cibernética. Pesquisadores da Universidade de Durham, Reino Unido, estão explorando novas fronteiras nesta área. Utilizando técnicas de inteligência artificial (IA)(https://www.terra.com.br/byte/inteligencia-artificial-o-que-e-como-funciona-e-exemplos,2c5037eaa086d6df5c474780c448caa3iaz4kiac.html), eles desenvolveram um método para identificar quais teclas foram pressionadas em notebooks e smartphones, tornando possível a descoberta de senhas.
A Pesquisa
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista de pré-impressão Arxiv, em 2 de agosto. Os testes realizados pelos pesquisadores demonstraram que o sistema tinha uma taxa de precisão de 93% para identificar as teclas digitadas quando usavam gravações feitas por meio de aplicativos de conferência virtual, como o Zoom. Quando o som foi capturado das teclas de um smartphone(https://www.terra.com.br/byte/veja-10-melhores-celulares-bons-e-baratos-para-comprar-em-2023,838af0eb9114a5e7f9441775b4a5a7a4np9ga41c.html), a precisão aumentou para 95%.
A Descoberta
A descoberta sugere que, mesmo quando precauções são tomadas para esconder a tela durante a digitação de senhas, os sons do teclado podem revelar informações sensíveis.
Foto: Darwin Laganzon/Pixabay / Tecnoblog
O Processo
Para realizar a pesquisa, os cientistas pressionaram repetidamente cada uma das 36 teclas(https://www.terra.com.br/byte/como-ativar-um-som-ao-pressionar-a-tecla-de-print-no-windows-10-e-11,c59d307b87d100a973eb84034721264cb1x3kwq5.html) de um MacBook Pro, incluindo letras e números, 25 vezes seguidas. Eles variaram os dedos usados e a intensidade da pressão aplicada. Os sons resultantes foram capturados durante uma sessão no Zoom e por um smartphone posicionado próximo ao teclado.
O Treinamento da IA
Parte desses dados foi então alimentada em um sistema de inteligência artificial, permitindo que a máquina desenvolvesse uma compreensão gradual das características distintas nos sinais acústicos de cada botão.
Fatores Cruciais
A equipe de pesquisa identificou alguns fatores cruciais para o sucesso do processo. Um deles, segundo Joshua Harrison, autor principal do estudo e membro da Universidade de Durham, pode ser a localização relativa dos botões em relação à borda do teclado. Harrison sugeriu que ‘a disposição espacial das teclas pode estar desempenhando um papel fundamental na geração dos diversos sons observados.’
Implicações para a Privacidade
Este avanço traz à tona preocupações significativas sobre a privacidade e a segurança dos usuários, potencialmente expondo informações confidenciais, como senhas(https://www.terra.com.br/byte/27-milhoes-de-logins-e-senhas-de-brasileiros-ja-vazaram-em-2023,3c55793e75c5148809818445235edcf1b1cimqq2.html), a agentes mal-intencionados.
A Necessidade de Reforço Cibernético
À medida que a tecnologia avança e nossas vidas se tornam cada vez mais dependentes de aparelhos digitais, torna-se urgente reforçar as defesas cibernéticas. A análise dos pesquisadores da Universidade de Durham ressalta essa necessidade.
Soluções Possíveis
Para tentar mitigar este cenário, os pesquisadores sugerem várias maneiras de diminuir os riscos, como optar por senhas biométricas ou verificação em duas etapas.
Conclusão
A pesquisa em cibersegurança continua a evoluir em ritmo acelerado, acompanhando o avanço da tecnologia digital. As descobertas da equipe da Universidade de Durham representam um marco significativo nessa jornada, mas também servem como um lembrete dos desafios que ainda temos pela frente.
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