A Inteligência Artificial é um Jogo de Probabilidades, Afirma Especialista

Introdução

A Inteligência Artificial (IA) ainda tem um caminho longo e complexo para alcançar a abstração e o entendimento do raciocínio humano, de acordo com o consultor Dan Reznik, da Fundação Dom Cabral. Mesmo com a capacidade de superar o ser humano em certos âmbitos, como prever jogadas de xadrez, os sistemas de IA ainda carecem de compreensão representacional ou semântica.

A IA e o Raciocínio Humano

Reznik sugere que a IA não possui a mesma eficácia que o ser humano na análise de combinações de eventos para tomar decisões. Ainda que algumas situações possam ser resolvidas de maneira mais eficiente pela IA, existem limitações na habilidade de abstrair e comprimir informações.

Desafios da IA: Alinhamento e Segurança

Reznik aborda os desafios da IA, destacando principalmente a questão do alinhamento aos objetivos humanos e a segurança, ambos de extrema complexidade. Para ele, não há consenso nem mesmo sobre quais seriam os objetivos humanos, especialmente em uma perspectiva cultural.

A IA e a Cultura

O consultor destaca que aspectos culturais, mesmo os mais simples, podem dificultar o desenvolvimento de padrões de IA. Por exemplo, a interpretação de expressões faciais varia significativamente entre diferentes culturas.

Histórico da IA

Reznik lembra que a IA não é um conceito recente. Em 1997, o computador Deep Blue venceu o campeão de xadrez Garry Kasparov. No entanto, ele acredita que a IA ainda precisa de um século para se aproximar da capacidade humana de raciocinar e planejar.

Manipulação Humana através da IA

Reznik cita como manipulação humana os algoritmos que induzem as pessoas a clicar em links na internet e o estímulo de raiva e polarização provocado pelas redes sociais. Ele argumenta que atualmente somos manipulados por ferramentas que conhecem nossas motivações e nos levam a adotar determinados comportamentos.

Riscos com a IA

Esses exemplos ilustram os temores de que a IA se torne mais inteligente que os humanos ou que a autonomia concedida a esses sistemas possa se voltar contra as pessoas. Para Reznik, é essencial que não se crie riscos contra nossa integridade.

O Futuro dos Negócios é Humano e Regenerativo

Os debatentes do evento abordaram a necessidade de promover uma transformação cultural nas empresas antes de avançar com a transformação digital. Para Alex Marson, CEO da Christal, a transformação digital deve começar com a transformação cultural.

Gestão de Expectativas

Margarete Favretto, líder global de Indústria 4.0 da Bunge, ressaltou que as várias áreas das empresas precisam mudar sua forma de pensar. Ela também enfatizou a importância de estabelecer prazos, comunicação e integração, e gerenciar expectativas.

Transformação Digital e Inovação

Daniel Moraes, diretor de Inovação e TI da Tupy, destacou que inovação e transformação digital não são a mesma coisa, embora possam interagir. Ele ressaltou a importância de ter um conhecimento profundo do negócio e dos processos e analisar cuidadosamente todos os passos para evitar riscos.

Visão Sistêmica

Marcelo Pinto, CEO da PPI-Multitask, do Grupo WEG, destacou a necessidade de uma visão sistêmica da empresa. Ele citou a análise do índice de maturidade da Acatech, que não deve se limitar à tecnologia, mas também deve envolver governança, gestão do chão de fábrica, lean manufacturing, gestão de produtividade, gestão de qualidade e melhoria contínua.

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