
A Ascensão da Inteligência Artificial – Um Olhar Sobre o Futuro
Introdução
Vivemos em uma era de transição, onde a inteligência artificial (IA) está moldando nossa sociedade de maneiras nunca antes imaginadas. Desde a Revolução Industrial até a era digital, a humanidade tem navegado por várias mudanças socioeconômicas, e agora estamos no limiar de outro marco significativo – a dataficação e automação da sociedade.
Evolução Sócio-Econômica
A Revolução Industrial do século XIX foi um divisor de águas, trazendo máquinas para dominar os processos de produção. Avançando quase dois séculos, os anos 1980 marcaram a substituição do regime industrial pela globalização da economia. A globalização, caracterizada pela expansão da digitalização, derrubou as fronteiras econômicas entre os países.
A Era da Automação e Datificação
Agora estamos vivenciando uma nova inflexão: a dataficação e a automação da sociedade. A velocidade das transformações é impressionante, e o fluxo constante de informações pode ser esmagador. Um exemplo marcante dessa mudança é o ‘boom’ internacional causado pela divulgação do ChatGPT, um marco histórico na transformação social e econômica global.
Big Data e Big Techs
Os dados, carregados de informações, tornaram-se as mercadorias mais valiosas. Os gigantescos bancos de dados, ou big data, contém informações pessoais geradas sem que saibamos quando realizamos ações banais na internet. Esses dados são coletados e processados por algoritmos e sistemas de inteligência artificial, movendo a nova economia dominada pelas grandes corporações de tecnologia, também conhecidas como big techs.
A Humanidade no Futuro
Os caminhos para a humanidade nesta nova realidade ainda são incertos. Alguns sugerem um aprimoramento excepcional da mente e do corpo humanos, graças à combinação de pesquisa biológica e tecnológica. Órgãos e membros do corpo humano já podem ser substituídos por versões artificiais mais eficientes. Em breve, os sistemas naturais de defesa contra doenças também poderão ser auxiliados por defensores nanotecnológicos inteligentes inseridos no corpo humano. O cérebro poderá ser associado a sistemas informatizados para melhorar o desempenho mental. O futuro do corpo humano, parece indicar, é ciborgue.
Impacto no Trabalho
No trabalho, a automação está substituindo o homem. A automação traz eficiência muito maior do que a humana em muitas funções, o que tende a se acentuar cada vez mais. Por outro lado, muitas profissões estão se tornando obsoletas. No passado, os trabalhadores eram facilmente treinados para novas funções em momentos de mudança, como durante a Revolução Industrial e a globalização. No entanto, o treinamento de hoje é muito mais sofisticado e difícil para a maioria.
Soluções Sociais Propostas
Diante desse cenário, sociedades mais desenvolvidas estão considerando a redução da jornada de trabalho semanal sem redução salarial. Também estão sendo discutidos planos para estabelecer uma renda mínima vitalícia para aqueles desempregados pela automação, os que não retornarão ao mercado de trabalho, e até mesmo para os jovens que nunca trabalharam e nunca trabalharão.
Diferenças Socioeconômicas
No entanto, a questão é mais complexa para os países pobres ou em desenvolvimento, que concentram a grande maioria da população do planeta e de pessoas vivendo sem o mínimo necessário para a dignidade. É bem possível que a dataficação da sociedade agrave as diferenças entre os países pobres e ricos, e dentro deles entre as pessoas ricas e pobres.
Inteligência Artificial no Jornalismo
No jornalismo, a inteligência artificial já está sendo usada há algum tempo. Algoritmos e sistemas de IA estão envolvidos em todos os aspectos da produção de notícias, desde a concepção de ideias até a distribuição de notícias nas redes sociais.
Conclusão
Em resumo, a inteligência artificial é uma força que não deve ser temida, mas compreendida e controlada. Temos que nos preocupar com as consequências do que aqueles que dominam a produção de algoritmos e sistemas de IA estão fazendo e farão com ela. O medo não é da inteligência artificial em si, mas de como ela poderá ser usada de maneira irresponsável para fins puramente lucrativos, ignorando questões sociais.
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