Inteligência Artificial

Os desafios da Inteligência Artificial – ainda longe de uma vida autônoma

Em uma época em que a tecnologia avança a passos largos, a inteligência artificial (IA) é um campo que tem atraído grande interesse. Contudo, ainda estamos longe de uma época onde as máquinas possuam uma vida autônoma. Neste artigo, discutiremos os desafios e limitações da IA, bem como os avanços e possíveis aplicações no futuro.

O mito da autonomia da IA

Durante um evento recente, robôs humanoides operados por IA afirmaram que poderiam governar o mundo com mais eficiência que os humanos. No entanto, ressaltaram um desafio importante: entender e dominar as emoções humanas.

Essas declarações foram recebidas com alarmismo e sensacionalismo. No entanto, é importante lembrar que as respostas fornecidas pelos robôs dependem de um treinamento feito por humanos e, portanto, não são autônomas.

De acordo com Marcos Barretto, professor da Escola Politécnica da USP:

> ‘Alguém programou e treinou os robôs para falar alguma coisa, então, é um pouco como um teatro nesse aspecto, há um script, que foi ensaiado para as máquinas responderem.’

Assim, a ideia de que os robôs possuem certa autonomia em suas declarações não se concretiza, pois ainda existem limitações que dependem da ação humana.

A dificuldade das emoções humanas

As emoções humanas, bem como a forma como são expressas através da voz e dos gestos, representam barreiras significativas para a IA.

Por exemplo, um robô aspirador pode decidir limpar a sala enquanto você está assistindo a um filme, pois ele não é capaz de entender o contexto social e emocional do momento. Isso mostra a dificuldade em desenvolver algoritmos que entendam os sentimentos humanos e que possam fazer com que os dispositivos tecnológicos se comportem de acordo com esses sentimentos.

ChatGPT e a imitação da linguagem humana

As respostas fornecidas pelos robôs no evento citado anteriormente foram geradas usando o ChatGPT, um modelo de linguagem que se baseia tanto nas informações disponíveis em livros quanto nas respostas fornecidas pelos próprios humanos.

Mesmo com essa quantidade imensa de informações, Barretto destaca que os robôs ainda estão longe de possuir uma vida própria.

Conclusão

Embora a inteligência artificial tenha feito avanços significativos, ainda estamos longe de uma era em que as máquinas possam ter uma vida autônoma. A compreensão e a expressão das emoções humanas são desafios significativos que ainda precisam ser superados.

No entanto, a IA tem o potencial de contribuir significativamente para a sociedade, e os avanços nesse campo devem ser acompanhados de discussões sobre os limites éticos e as implicações dessas tecnologias.

Links úteis

Jornal da USP no Ar(https://jornal.usp.br/editorias/radio-usp/jornal-da-usp-no-ar/)

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