
A Ascensão dos Avatares Digitais – Como a Inteligência Artificial está Ressuscitando as Estrelas do Cinema
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James Dean retorna às telas quase sete décadas após sua morte em um novo filme chamado Volta ao Éden.
Introdução
A indústria do entretenimento é um palco onde poucos conseguem atingir a imortalidade, mesmo depois de suas mortes. Uma dessas figuras icônicas é o ator americano James Dean, que apesar de ter estrelado apenas três filmes antes de sua morte em 1955, permanece vivo na memória do público. Agora, graças à evolução da tecnologia de inteligência artificial, Dean está voltando às telas no papel principal de um novo filme, Volta ao Éden.
O Clone Digital de James Dean
Com o auxílio da tecnologia de inteligência artificial, um clone digital de Dean foi criado, permitindo que ele retorne às telas e interaja com outros atores. Esta tecnologia avançada está revolucionando a indústria do cinema em Hollywood, mas também está levantando preocupações entre os atores e roteiristas que temem ser substituídos por algoritmos de IA.
A atriz Susan Sarandon expressou publicamente suas preocupações, alertando que a IA poderia forçá-la a ‘dizer e fazer coisas sobre as quais não tenho escolha’.
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Susan Sarandon expressou preocupações sobre o uso de IA na indústria do cinema.
Ressurreições Digitais Anteriores
A ressurreição digital de Dean não é o primeiro caso em que atores falecidos parecem voltar à vida na tela com a ajuda de tecnologia digital avançada. Carrie Fisher, Harold Ramis e Paul Walker são apenas alguns exemplos de celebridades que reprisaram papéis icônicos no cinema após suas mortes. No Brasil, a cantora Elis Regina também foi ‘ressuscitada’ recentemente para um anúncio da Volkswagen.
O Futuro da Clonagem Digital
A clonagem digital de Dean representa uma mudança significativa no que é possível na indústria do cinema. Seu avatar de IA não só poderá desempenhar um papel em Volta ao Éden e em uma série de filmes subsequentes, mas também interagir com o público em plataformas interativas, incluindo realidade aumentada, realidade virtual e jogos.
A tecnologia vai muito além da reconstrução digital passiva ou da tecnologia deepfake, abrindo a possibilidade de atores – ou qualquer outra pessoa – alcançarem uma espécie de imortalidade digital, com carreiras que continuam muito depois de suas vidas terem terminado.
Os Direitos dos Mortos
A ressurreição digital também levanta questões sobre quem possui os direitos sobre o rosto, a voz e a personalidade de alguém após sua morte. Além disso, há a questão de por que não deixar as celebridades descansarem em paz após suas mortes.
No Brasil, por exemplo, não há leis específicas sobre direito de imagem, inteligência artificial e pessoas já falecidas. Nos EUA, cada estado tem uma regra diferente, enquanto alguns não têm nenhuma lei.
A Perspectiva dos Atores Vivos
O avanço da ressurreição humana digital levanta preocupações éticas, legais e práticas para os atores vivos, que temem perder seus empregos para avatares digitais de atores falecidos. Os dubladores, em particular, estão liderando a conversa e trabalhando com associações de atores para proteger seus direitos e carreiras.
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Tom Hanks discutiu a possibilidade de suas performances continuarem indefinidamente após sua morte.
Conclusão
Enquanto a tecnologia de clonagem digital avança rapidamente, os debates éticos em torno das representações digitais dos mortos começam a surgir. É necessário que haja legislações implementadas mais cedo ou mais tarde para proteger os direitos e legados dos mortos – tanto celebridades como outros.
Por fim, a ressurreição digital, apesar de suas controvérsias, abre um novo mundo de possibilidades para a indústria do cinema. O retorno de James Dean às telas é apenas o começo dessa revolução.
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