Inteligência Artificial

Drones equipados com Inteligência Artificial – A próxima geração da força aérea?

Recentemente, os Estados Unidos celebraram um marco na tecnologia militar. O primeiro voo bem-sucedido(https://olhardigital.com.br/2023/08/25/carros-e-tecnologia/ia-pilota-drone-de-combate-da-forca-aerea-dos-eua-pela-primeira-vez/) do XQ-58A Valkyrie, um drone experimental equipado com [inteligência artificial](https://olhardigital.com.br/tag/inteligencia-artificial/), foi realizado. Este avanço tecnológico é visto como um potencial aprimoramento para a frota de caças tradicionais da nação.

O potencial dos drones equipados com IA

O objetivo geral desses drones é oferecer auxílio aos pilotos humanos no campo de batalha. De acordo com o The New York Times(https://www.nytimes.com/2023/08/27/us/politics/ai-air-force.html), a ideia é criar uma equipe de robôs altamente proficiente para a guerra. O Valkyrie é uma máquina impressionante, equipada com motor de foguete, capaz de voar uma distância equivalente à largura da China, e pode transportar mísseis. Além disso, graças aos seus sensores avançados, pode identificar e avaliar ameaças inimigas, e após receber autorização humana, pode atacá-las.

Além das vantagens táticas, esses drones também apresentam uma vantagem econômica. Enquanto um caça F-35 custa cerca de US$ 80 milhões, os drones custam aproximadamente US$ 3 milhões – embora modelos mais avançados possam alcançar US$ 25 milhões. Portanto, a Força Aérea planeja construir de mil a 2 mil destes robôs aéreos.

Os drones terão várias funções, desde vigilância até ataques em grupo. A utilização em grande escala dessas armas inteligentes permitirá a renovação da frota da Força Aérea e também permitirá que os oficiais do Pentágono pensem de maneira inovadora sobre como enfrentar forças inimigas.

Questões éticas e preocupações

No entanto, a utilização de inteligência artificial em armas letais levanta questões significativas sobre a autonomia desses dispositivos. A IA oferece benefícios consideráveis, mas há preocupações éticas sobre a terceirização da decisão de matar para máquinas. O debate gira em torno de quanto de autonomia deve ser concedido a essas armas.

> ‘Você está ultrapassando um limite moral ao terceirizar a matança para máquinas – ao permitir que sensores de computador, em vez de humanos, tirem vidas humanas.’
>
> Mary Wareham, diretora de ativismo na divisão de armas da Human Rights Watch

Recentemente, o Pentágono revisou uma política sobre a utilização de IA em sistemas de armas com autonomia para matar. Agora, qualquer plano para construir e usar essas armas deve ser revisado e aprovado por um painel militar especial.

Desafios técnicos

A construção dessas aeronaves de combate colaborativas não está isenta de desafios. Existem discrepâncias entre as simulações executadas pelo computador antes do voo e o que o drone faz de fato no ar. Além disso, existem comportamentos potencialmente prejudiciais que podem surgir.

Outro desafio é garantir que esses drones possam perceber o mundo ao seu redor. Inimigos em potencial podem usar truques, como criar uma camuflagem virtual, para enganar o robô.

Além disso, será necessário construir confiança entre os pilotos humanos e esses drones. Apesar dos pilotos da Força Aérea já confiarem na automação, voar ao lado de uma máquina com comportamentos incomuns, baseados no processamento de milhares de dados em tempo real, é uma situação completamente diferente.

Inovação e futuro

A incorporação de inteligência artificial nas armas da Força Aérea representa uma mudança significativa na forma como a instituição adquire suas ferramentas. Agora, a ênfase é colocada no software que pode aprimorar as capacidades dos sistemas de armas.

Isso também permite a entrada de empresas de tecnologia mais recentes na cadeia de suprimentos, trazendo mais competição e inovação para um sistema geralmente lento e avesso ao risco.

Apesar dos desafios técnicos e éticos, a Força Aérea está otimista. Em cerca de cinco a dez anos, eles acreditam que poderão desenvolver um sistema de combate aéreo baseado em inteligência artificial eficiente e confiável.

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