Inteligência Artificial e Gestão de Patrimônio – Uma Revolução Incremental

A Inteligência Artificial , conhecida por suas proezas em jogos complexos como xadrez(https://busca.folha.uol.com.br/search?q=xadrez&site=online) e Go, agora está sendo aplicada no mercado de ações. No entanto, essa transição não é tão simples quanto parece. Enquanto a IA está começando a fazer incursões na [gestão de riqueza](https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/08/taxacao-de-fundos-offshore-deve-virar-projeto-de-lei-diz-pacheco.shtml), sua adoção total ainda está longe de ser realizada.

A Ascensão da IA na Gestão de Fundos

Os computadores já são utilizados para investimentos há algum tempo. O rastreamento de índices, onde os fundos imitam um benchmark como o FTSE 100(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/07/nasdaq-registra-melhor-inicio-de-ano-em-quatro-decadas.shtml), é um processo altamente automatizado. Além disso, muitos gestores de fundos utilizam programas de computador para tentar superar o mercado, analisando dados de negociações anteriores para identificar títulos baratos ou padrões de negociação que possam ser repetidos.

A IA, no entanto, enfrenta alguns desafios únicos. Um deles é que, à medida que os programas de computador conduzem suas pesquisas, eles alteram as próprias condições do mercado que estão estudando. Isso pode levar a um ciclo de compra e venda que afeta o preço das ações.

A ‘Taxa de Alucinação’ da IA

A confiabilidade da tecnologia(https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/tecnologia/) de IA atual é outro obstáculo. Há exemplos conhecidos de grandes modelos de linguagem, como o [ChatGPT](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/chatgpt/), que produzem informações falsas. Isso levanta preocupações sobre a aplicação da IA na gestão de fundos, onde a precisão e a confiabilidade são de extrema importância.

A IA, apesar de suas limitações, tem um papel a desempenhar na gestão de riqueza. Muitas empresas de gestão de fundos estão começando a usar a IA para automatizar processos e melhorar a eficiência.

A IA e a Gestão de Relacionamento

Outra aplicação da IA na gestão de riqueza é na gestão de relacionamento com o cliente. A IA pode ser usada para automatizar respostas a consultas de clientes através de ‘chatbots’. Isso não só melhora a eficiência, mas também permite que as empresas de gestão de fundos proporcionem uma experiência mais personalizada aos seus clientes.

A Bernstein Wealth Management, por exemplo, desenvolveu um chatbot para seus consultores e equipe de vendas. Os consultores podem usar o chatbot para obter respostas imediatas a perguntas complexas dos clientes, melhorando assim a eficiência e a precisão do atendimento ao cliente.

A IA e a Personalização de Portfólios

A IA também pode ser usada para personalizar portfólios para atender aos princípios específicos dos clientes. No mundo do investimento ético, por exemplo, os clientes podem ter princípios sutis que preferem seguir. A IA pode ser usada para pesquisar o universo de investimentos e entregar um portfólio adaptado aos princípios de cada cliente.

A IA e a Detecção de Fraudes

Outra aplicação potencial da IA é na detecção de fraudes. A IA pode ser treinada em relatórios anteriores de atividades suspeitas e, portanto, pode ser capaz de identificar transações que indicam um esquema de lavagem de dinheiro. Isto é especialmente relevante para as empresas de investimento, que precisam garantir que estão em conformidade com as regulamentações.

A IA e a Gestão de Fundos: Uma Revolução Incremental

Embora a IA possa ter um impacto significativo na gestão de fundos, as mudanças provavelmente serão incrementais, e não revolucionárias. A IA pode melhorar a eficiência e melhorar a experiência do cliente, mas não vai substituir os gestores de fundos humanos a curto prazo.

A maior influência na gestão de fundos provavelmente virá das forças impiedosas da competição de mercado, lideradas por rastreadores de índices de baixo custo. No entanto, a IA tem um papel importante a desempenhar na modernização do setor e na melhoria da experiência do cliente.

(Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves)

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